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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Progresso e atraso

Frutos de Maria
Progresso e atraso
A Igreja está afinada com o Evangelho
O ser humano se distingue do animal por sentir inquietação permanente em melhorar sua cultura, suas técnicas, sua filosofia, sua arquitetura... ”Dai-me sabedoria para governar o mundo com justiça” (Sab 9,3-4). O animal só progride se o homem intervir. Caso contrário, o joão-de-barro continuará construindo a sua casa do mesmo jeito como há dez mil anos. E repetirá sua arte pelos próximos milênios. O homem aproveita o que já sabe, procura melhorar tudo sem jamais ficar satisfeito. 

Temos a tendência infeliz, próxima a um determinismo, de nos consideramos sempre os certos, os que estão entre os mais inteligentes da nossa raça, enfim os progressistas. É claro que os nossos adversários, os quais tem outras ideias, são os retrógrados, os fautores do atraso. Olhemos as bicicletas “modernas” que rodam sem ter para-lamas. Por facilitar exibições se usa esse expediente, que em situação de pista molhada, junta a sujeira e a entrega à roupa do ciclista. Qual é a bicicleta moderna?... 

Assista também: "A fé da Igreja: Jesus Cristo vive!", com padre Paulo Ricardo 



No decorrer dos séculos, a Igreja, não poucas vezes, recebeu o epíteto de atrasada, inimiga do progresso e outros mimos. Vieram, sobretudo, dos iluministas do século dezoito e dos socialistas do século dezenove. Esse desprezo é para envergonhar e calar os adversários. Esses grupos hostis elaboraram outras listas de prioridades. Consideraram-se os representantes do mundo moderno e os autênticos detentores do progresso da humanidade. Relativizaram a família; fizeram pouco de certos princípios da sacralidade da vida; a vida sexual humana perdeu os objetivos desejados pelo Criador; não há vida após a morte. 

É evidente que a Igreja precisa ouvir as razões dos líderes que, supostamente, estão à frente. Mas Habermas, de tendências agnósticas, já recomendava que se deveria ouvir muito mais as razões da Igreja, que tem muito a dizer sobre toda a realidade humana. Saibam todos que a Igreja Católica pouco se tem preocupado em ser “moderna”, e receber palmas da opinião pública. Sua preocupação precípua sempre foi a de ser autenticamente afinada com os ensinamentos de Cristo, que tem força de perenidade.

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