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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Arraia do JOCAP

vem ai o 13º arraia do jocap  com muitas festa, comidas tipicas, apresentação de quadrilhas  e muito forro com Raniery e Cid dos teclados.

venha conferir 

Curar o coração machucado


Curar o coração machucado
A mágoa distorce nossos objetivos de vida
Frutos de Maria
O perdão é uma decisão pessoal que beneficia, em primeiro lugar, quem toma a iniciativa. O perdão é muito mais para mim do que para a pessoa que me ofendeu. Por isso, depende mais de mim do que dos outros. 

Perdoar é recuperar o poder sobre si mesmo. A mágoa me coloca na mão do outro; o perdão me devolve a autonomia sobre minha própria história. 

Perdoar é assumir o presente. Viver nele. Mergulhar nele. Perdoar é não sofrer por aquilo que não posso mudar ou resolver. Não podemos mudar o passado. Nunca! 

Perdoar é concentrar suas atenções sobre as coisas boas da vida. Se algo ou alguém estragou o meu passado, não permitirei que estrague também o meu futuro. Perdoar é começar a valorizar as bênçãos de Deus, as coisas boas. É sair do vício de ver sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito.

Perdoar é tomar a decisão de começar uma vida nova. O que fazer para sofrer menos? Isso exige buscar em primeiro lugar o reino de Deus. É decidir-se pela primazia do reino, e não do encardido. É optar pelo bem. Divulgá-lo. É aprender a sintonizar-se no bem. 

“Abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam” (Lc 6,28). “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do Céu, pois Ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos” (Mt 5,44-45). Você não pode mudar um acontecimento do passado, mas pode mudar a maneira de falar sobre ele. Com Jesus é possível achar um ponto de vista mais positivo e esperançoso. 

Recorde seus grandes objetivos de vida. A mágoa distorce os objetivos. Esquecemos as grandes e permanentes verdades e nos guiamos por momentos. Qual é mesmo a minha grande meta? Vocação! 

A vida sempre segue adiante. Não pára. Devemos aprender a concentrar nossas atenções sobre as coisas boas da vida. Se já se estragou o passado, não permita que se estraguem o presente e o futuro. Não devemos sofrer por aquilo que não podemos mudar. Não podemos mudar o passado. 

Ao machucar uma pessoa, você se torna inferior a ela; ao se vingar, você se iguala; só é superior quem aprende a perdoar. A mágoa foi o jeito que o encardido encontrou para permanecer conosco todos os dias, até os confins dos tempos. 


Padre Léo, scj 

(Extraído do livro “Gotas de cura interior”)

Fonte: Canção Nova

Liturgia diária


Mt 7, 21-29

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus -

 Naquele tempo,21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? 23E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! 24Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína. 28Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.29Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas. 

- Palavra da salvação.

Como viver sempre contente?


Como viver sempre contente?
Aprenda a guardar as coisas boas no coração
Frutos de Maria
“Examinai tudo, abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda a espécie de mal” (1Ts 5,21-22). 

Olhe para você mesmo. Você já aprendeu a conservar aquilo que é bom em você? Tente escrever algumas páginas de algumas coisas boas em sua vida e coisas boas que você tem. Alguns vão encontrar dificuldade, porque parece mais fácil conservar o que é mau, o que é negativo. Por isso somos infelizes. Como viver sempre contente? Conservando o que é bom e se apartando do mal; e apartar é separar. Será que eu separo o mal de minha vida ou parece que tenho um arquivo onde registro tudo aquilo que é negativo? 

O que é discernir? É o dom do discernimento que o Espírito Santo nos dá, é a capacidade de partir ao meio, é saber tomar o lado bom e o lado ruim. Lembre-se do discernimento feito por meio de uma palavra de sabedoria de Salomão. Quando duas mulheres brigavam por uma criança, ele mandou partir a criança ao meio. Aquela que não aceitou a terrível decisão era a verdadeira mãe. 

Então, o que é discernir? Discernir é partir, examinar, estudar, olhar as coisas por outro lado. Isso é o difícil da vida, porque sempre achamos certo o nosso lado. 

Discernir é não julgar pelas aparências. Todo ponto de vista é a vista a partir de um ponto. Discernir é olhar de todos os ângulos possíveis, com todas as possibilidades. Por que brigamos? Porque aprendemos a conservar, no coração, aquilo que é ruim, e nisso existe um grande especialista, o pai de toda essa escola: o encardido. Aquele que é de Deus dá fruto de Deus. Conhecemos uma árvore pelos frutos e não pela casca. E o grande fruto do Senhor é aprender a guardar, no coração, as coisas boas. Esse é o primeiro ponto. E o segundo é afastar-se do mal. 

Veja a pedagogia de São Paulo. Alguns salmos usam essa jogada de palavras: apartai-vos do mal, apegai-vos ao bem. Nesse texto, ele faz o contrário. Se você quer ser feliz em Deus, a primeira coisa a fazer é guardar, dentro do coração, as coisas boas. Primeiro o bom, depois afastar-se do mal. Nós queremos consertar uma pessoa combatendo seus defeitos. Coitado, vai combater defeitos a vida inteira! Se quisermos ser felizes em Deus, a primeira coisa a fazer é encher-nos do bem, conservar no coração e na vida as coisas boas. Qual é o segredo da felicidade de Maria? Segundo o Evangelho, ela conservava a Palavra em seu coração. 

Conservar tem dois aspectos. O primeiro deles é fazer conserva. Na região sul, por exemplo, é muito comum, na época de colheita, na qual as coisas são baratas, colocá-las na conserva. O segundo aspecto de conservar é guardar com cuidado, com sabedoria. Conservar significa que o que estava estragado já fora descartado antes. Imagine se você colocasse, em sua cozinha, um caixote onde seriam depositados todos os restos de comida estragados. O que aconteceria? Primeiro, iria apodrecer; depois, cheirar mal; em seguida, apareceriam moscas, ratos e baratas; por último, o caixote apodreceria. E por que fazemos assim com as coisas da vida? O coração de algumas pessoas é como um caixote desses, cheio de coisas que não prestam. Algumas pessoas tem o dom de guardar coisa ruim no coração. Se quero ser feliz, preciso conservar o que é bom, em primeiro lugar, com relação a mim mesmo. O que eu tenho de bom? Minhas qualidades, as coisas boas que já fiz, as coisas boas que sinto. 

O encardido não quer que nos convençamos de nossas qualidades. Ele fica feliz quando achamos que não valemos nada, porque ficamos parecidos com ele. Qual é a grande característica de Deus na Bíblia? Ele sempre vê o lado bom. Primeiro capítulo da Bíblia, sete vezes: “E Deus viu que tudo era bom...” E nós vemos que tudo é ruim. As pessoas ganham o dom de reclamar, a oração de lamúria, o louvor ao encardido. 

Percebem a importância de conservar aquilo que é bom? E como devemos conservar as coisas que vem de Deus? Os nossos olhos estão sendo educados para enxergar o quê? Aquilo que é ruim. 


Padre Léo, scj 

(Extraído do livro “Buscai as coisas do Alto”)

Fonte: Canção Nova

São Cirilo de Alexandria


São Cirilo de Alexandria
São Cirilo, Patriarca de Alexandria, sobrinho e sucessor do Patriarca Teófilo, governou a Igreja de Alexandria durante 23 anos. Fechou todas as igrejas novacianas, expulsou da cidade os judeus, o que lhe importou grave conflito com o governador Orestes. Opôs-se com toda a energia à heresia nestoriana.
Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.
Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.
Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo.
O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.
Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as ideias “nestorianas” ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.
Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.
Oração:
“Eu vos saúdo, Maria, mãe de Deus, tesouro venerável de todo o universo, farol que se não extingue, brilhante coroa da virgindade, cetro da boa doutrina…Eu vos saúdo, vós que, no vosso seio virginal, contivestes aquele que é imenso e incompreensível; vós por quem a Santa Trindade é glorificada e adorada; vós por quem a cruz preciosa do Salvador é exaltada por toda a terra; vós por quem o céu triunfa, os anjos se rejubilam, os demônios fogem, o tentador é vencido, a criatura culpada se eleva ao céu, o conhecimento da verdade se estabelece sobre as ruínas da idolatria; vós por quem os fiéis obtêm o batismo, e são ungidos com o óleo da alegria; vós, por quem todas as igrejas do mundo foram fundadas, e as nações conduzidas à penitência; vos, enfim, por quem o Filho único de Deus, que é a luz do mundo, iluminou aqueles que se achavam sentados nas sombras da morte!…Haverá homem que possa louvar dignamente a incomparável Maria?”
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O jovem e a Igreja


O jovem e a Igreja
Confira o testemunho de quem está compreendendo a Fé
Frutos de Maria


Da redação
André Alves 

A equipe do tamujuntojmj.cancaonova.com iniciou nesta segunda-feira, 24, uma série de reportagens sobre a juventude, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, que acontece no próximo mês. 

Nesta primeira matéria, o assunto é a relação do jovem com a doutrina da Igreja. Conforme o Doutor em Teologia, padre Anderson Marçal, a doutrina representa valores que a Igreja possui, derivados principalmente dos ensinamentos de Jesus. Segundo ele, esses valores não vão contra a humanidade, mas é a maneira como o homem deve viver, conforme o modelo de vida de Cristo. 

Não faz muito tempo que o jovem Rafael Morais, 22 anos, de Cruzeiro (SP), passou a se relacionar com a doutrina católica. O interesse em estudar a fé surgiu após os primeiros contatos com o YouCat – Catecismo Jovem, lançado por Bento XVI na JMJ Madri. 

Rafael explica que antes tinha certa resistência com relação à doutrina, e o motivo, segundo ele, era a falta de conhecimento. “Eu achava que a Igreja e o que ela ensina, eram coisas pra pessoas idosas, gente com pique pra ler tudo aquilo. Pra mim, a doutrina da Igreja, as formas como ela a mostrava se resumiam em palavras difíceis de se entender. Hoje, eu vejo que não é nada disso; são palavras simples, capazes de penetrar o coração de um jovem”. 

Segundo Rafael, o preconceito para com a doutrina foi vencido pelo ato de conhecer melhor o que diz a fé católica. “Quanto mais me aprofundei e procurei saber o que de fato a Igreja queria dizer com aquilo, essa resistência foi quebrada e passei a aceitar o que a Igreja ensina. Afinal, ela não nos impõe nada, mas nos oferece. Cabe a nós aceitar ou não”. 

Padre Anderson sugere o encontro com Jesus como a melhor forma de lidar com as discordâncias relacionadas à fé. Para ele, o Cristianismo não são apenas normas sobre o que se deve ou não fazer, mas é um encontro com Deus. “Porque, quem diz não é a Igreja; ela apenas obedece os ensinamentos de Jesus”, reforçou. 

Hoje, Rafael é um estudante assíduo dos escritos dos Papas, do Catecismo Católico – tanto na versão jovem como o tradicional – e do Compêndio do Concilio Vaticano II. Faz parte do grupo de estudos YouCat School da Paróquia Santa Cecília em Cruzeiro. O objetivo do grupo é estudar a doutrina da Igreja de um jeito simples e jovem. 

O jovem e sua formação doutrinal permanente 

A jornalista Joice Reis, 25 anos, do Rio de Janeiro, não encontrou grandes dificuldades para absorver a fé. A jovem é de família católica e desde a infância recebe educação cristã em casa; frequentou a catequese paroquial, fez primeira Eucaristia e foi crismada. Entretanto, ela acredita que a formação cristã não deve se limitar à catequese inicial, mas ser um processo constante. 

“Nós vivemos num mundo que está sempre com questionamentos, apresentando questões novas, trazendo situações adversas que talvez não tenhamos vivido ainda, por isso, a doutrina é como um porto seguro onde devo recorrer sempre para direcionar minha opinião e minhas atitudes”. 

Apesar da formação recebida em casa e na Igreja, Joice dedica um tempo do dia para o estudo da Bíblia e do Catecismo, que considera uma “fonte riquíssima”, embora pouco acessada pela maioria dos fiéis. 

“Os ensinamentos da Igreja são ricos, principalmente no que diz respeito à sexualidade e afetividade. Às vezes, reclamamos de não sabermos o que a Igreja ensina sobre esse assunto, mas não procuramos conhecer melhor. É preciso ter busca”, salientou. 

Por uma minoria, a doutrina católica é considerada ultrapassada e retrógrada. Joice é contundente em afirmar o contrário: “Acho que a doutrina da Igreja é coerente! Ela te leva a um caminho de liberdade. A gente ouve muito as pessoas dizerem que as verdades que a Igreja ensina são restrições, e a pessoa se sente tolhida diante disso, sendo que na verdade ela quer viver de uma forma mais livre. Mas pra mim, todas as colocações que a Igreja faz, e algumas restrições sim, são um caminho de liberdade onde, por escolha pessoal, submeto minha vontade, minha inteligência à vontade de Deus, àquilo que é a minha fé, que acredito ser verdade”. 

Joice ainda completou: “São propostas de liberdade, que exigem renúncia sim, mas que me trazem um benefício, e que para alcançá-lo eu faço essa opção”. 

De acordo com padre Anderson Marçal, a doutrina não é ultrapassada porque ela leva em consideração os valores que não mudam. “O valor à vida, à família, à pessoa humana, à verdade, ao amor; são valores imutáveis”, disse ele. “Quando a Igreja aprova ou desaprova uma determinada situação significa que ela vai a favor dos valores que não mudam ou vai contra os mesmos”. 

A autenticidade cristã e o relativismo social 

Para ser cristã autêntica, numa sociedade relativista, Joice acredita que é preciso amadurecimento em todas as áreas, a busca por se conhecer e a firmeza nos valores recebidos. “Não sou uma Joice na minha casa, outra na Igreja, outra no meu trabalho, sou a Joice integral. Então eu carrego comigo tudo que é próprio do meu ser em todos esses ambientes”. 

“No meu trabalho sou chamada a dar testemunho da minha fé, assim como na Igreja e em todos os ambientes onde eu vou. Não é fácil, porque muitas vezes somos questionados, interpelados, ironizados, mas como uma pessoa de fé sou chamada a dar respostas diferentes em todas as situações”, afirmou convicta. 

Joice testemunha que é possível ser uma cristã autêntica e continuar sendo jovem no mundo. “Não deixo de conviver com meus amigos, não deixo de me divertir; vivo meu profissional, meu familiar, meu noivado, mas fazendo escolhas que dizem daquilo que acredito. Em nenhum momento eu me sinto tolhida ou oprimida por regras e restrições, mas as minhas escolhas me levam a um caminho de descoberta e crescimento como pessoa”. 

Sobre o desafio de ser jovem católico que adere a Cristo sem receios, padre Anderson, completa a opinião de Joice: “o jovem que quer viver a verdade do Evangelho precisa ir à busca Daquele que falou. É apenas um encontro pessoal com Aquele que disse o que devemos fazer – e esse é Jesus Cristo – é que vai dar um novo horizonte à nossa vida”

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Litugia Diária


Mt 5,27-32

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus
- Naquele tempo,27Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar
um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu
coração. 29Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo todo seja lançado na geena. 30E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo inteiro seja atirado na geena. 31Foi também dito: Todo aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32Eu, porém, vos digo: todo aquele que rejeita sua mulher, a faz tornar-se adúltera, a não ser que se trate de matrimônio falso; e todo aquele que desposa uma mulher rejeitada comete um adultério.
- Palavra da salvação.


Reflexão 
O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados.
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Santo Eliseu


Santo Eliseu
Profeta (+ Palestina, séc. IX A.C.)
Era o discípulo perfeito do Profeta Elias, do qual possuiu, conforme narra a Escritura, o duplo espírito. Ambos, mestre e discípulo, considerados fundadores da Ordem do Carmo. Antes do desaparecimento de Elias, num turbilhão de fogo, Eliseu pediu-lhe: “Dá-me uma porção dobrada do teu espírito”. E o pedido foi ouvido. Eliseu foi sepultado perto de Samaria.
“Elias passou diante de Eliseu e pôs-lhe em cima a sua capa. Então, Eliseu abandonou os bois e seguiu Elias, ficando ao seu serviço” (1 Re 19, 21). Eliseu recebeu o espírito de Elias e, entre muitos outros milagres que fez, curou Naamã da lepra e ressuscitou uma criança. Viveu no meio dos filhos dos profetas e, em nome do Senhor, interveio muitas vezes nos acontecimentos do povo de Israel.
A Ordem do Carmo, lembrada da sua origem no Monte Carmelo, quis, por meio da celebração litúrgica dos grandes profetas Elias e Eliseu, perpetuar a memória da sua presença e das suas obras. Foi por isso que o Capítulo Geral de 1399 decretou a celebração da festa de Santo Eliseu no mesmo dia em que já desde o séc. VIII as Igrejas orientais o celebravam. Nos nossos dias este profeta patenteia como se deve executar a missão profética na fidelidade ao Deus verdadeiro e ao serviço do seu povo.
Eliseu significa “meu Deus é salvação” em hebraico. Sua atividade profética foi exercida em Israel durante os reinados de Ocozias, Jorão, Jeú e Joacaz. Ele era filho de Safat e vivia em Abel-Meolá, onde Elias o encontrou e o ungiu conforme o Senhor ordenara. Então, ele passou a acompanhar Elias até quando este foi arrebatado ao céu.
Eliseu exerceu sua atividade durante mais de sessenta anos. Assim, ele acompanhou de perto a sucessão de vários reis e presenciou muitas guerras, invasões e fomes que assolaram Israel. O rei Jeú foi ungido por Eliseu, o qual o apoiou em sua determinação de acabar com o culto pagão ao deus Baal.
Ao longo dos tempos, foram surgindo muitas histórias, lendas e fatos admiráveis em torno da figura de Eliseu, as quais demonstram o quanto ele foi um profeta querido entre o povo. Mais ainda, demonstram o quão grande era sua determinação em servir a Deus e levar o povo a também servir ao Senhor. Ele, desde quando começou a acompanhar Elias, foi um homem cheio de fé e confiança em Javé, a quem dedicou todo o amor com total e absoluta entrega.
Na época em que Joás era o rei de Israel, Eliseu adoeceu e morreu já em idade avançada. Antes de sua morte, Joás foi visitá-lo e lamentou que grande perda seria para Israel a morte do profeta.

Política, um dever do católico


Frutos de MariaPolítica, um dever do católico
Atuar na política, diz Papa, é uma forma de caridade
O Papa Francisco recordou um ensinamento grave da Igreja acerca da participação dos leigos na política. Respondendo à pergunta de um jovem, o Santo Padre afirmou que "temos que nos envolver na política, porque ela é uma das formas mais altas de caridade". Questionou ainda as razões pelas quais ela está "suja": "está suja por quê? Por que os cristãos não se envolveram nela com espírito evangélico?". Para o Pontífice, o fiel não pode se fazer de Pilatos e lavar as mãos. "É fácil colocar a culpa nos outros, mas e eu, o que faço?", perguntou Francisco ao grupo de estudantes do Colégio Jesuíta da Itália, durante um encontro na última sexta-feira, 7 de junho, no Vaticano. 

O alerta vem em boa hora, sobretudo quando se vê a aprovação de leis cada vez mais iníquas em países de longa tradição católica. Essa derrocada dos princípios cristãos deve-se, entre outras coisas, à negligência dos leigos e pastores e ao relativismo de muitos políticos que se dizem cristãos, mas na prática, professam outras doutrinas. Embora se tente dizer que é vedado à Igreja opinar sobre questões ligadas ao Estado, o Papa Bento XVI, por ocasião das eleições de 2010, lembrou aos bispos brasileiros que "quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas". 

A legítima separação entre Igreja e Estado, instituída por Cristo quando disse "dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é Deus", não significa de maneira alguma que a moral oriunda da lei natural possa ser relativizada no campo político. E cabe aos cristãos impedir qualquer tentativa que caminhe neste sentido. Um documento da Congregação para Doutrina da Fé, assinado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger em 2002, sobre a atuação dos leigos católicos na política ensina precisamente isso: "não pode haver, na sua vida, dois caminhos paralelos: de um lado, a chamada vida espiritual, com os seus valores e exigências, e, do outro, a chamada vida secular, ou seja, a vida de família, de trabalho, das relações sociais, do empenho político e da cultura". 

E aqui deve-se trazer à memória o testemunho contumaz de vários santos, como São Tomás More, que sofreram o martírio por se recusarem a obedecer leis contrárias à reta moral. Ensina o Catecismo da Igreja Católica que "se acontecer de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências" (1903). Ademais, continua o Catecismo, "a recusa de obediência às autoridades civis, quando suas exigências são contrárias às da reta consciência, funda-se na distinção entre o serviço a Deus e o serviço à comunidade política", (2242). 

Realizada na Irlanda a maior marcha pró-vida da história do país As passeatas francesas, conhecidas como "La Manif pour tous", contrárias ao "casamento" entre pessoas do mesmo sexo, as Marchas pela Vida que ocorrem nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Irlanda, sendo as maiores dos últimos anos, são também um ótimo exemplo a ser seguido pelos demais leigos católicos. Outro fato louvável é a atuação da ministra do Trabalho e Assuntos Sociais na Alemanha, Úrsula Von der Leyen, que está rompendo paradigmas ao mostrar que é possível ter uma família numerosa, mesmo trabalhando. Úrsula é mãe de sete crianças e chama a atenção no seu país por saber conciliar os trabalhos políticos com os cuidados do lar. Segundo a ministra, "comprovamos que sem crianças um país não pode seguir existindo, por razões econômicas e também emocionais". 

A história dos últimos vinte anos mostra de maneira incisiva o declive no qual se coloca a sociedade cristã, quando esta não assume de maneira responsável seus encargos na esfera política. Vê-se a ascensão de governos anticristãos coniventes com todo o tipo de perversidade e imoralidade. Essa crise tem uma razão, diria São Josemaria Escrivá. É uma crise de santos. Somente um testemunho santo e piedoso terá a força para barrar o avanço do mal. 

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

Fonte: http://padrepauloricardo.org/

quinta-feira, 13 de junho de 2013

É namoro ou amizade?


Frutos de MariaÉ namoro ou amizade?
Tenha a coragem de entregar um pouco sua história
A vida é uma experiência que, a cada momento, nos oferece infinitas escolhas, e temos sempre de escolher uma ou duas, ou até não escolher. Desde o momento em que acordamos, estamos escolhendo. Já pensou nisso? Não? Pensemos juntos, então!

Ao acordar, você já vive um enorme drama: abrir os olhos ou deixá-los fechados e, assim, curtir mais um pouco a cama? Tomar um banho ou primeiro escovar os dentes? Ou os dois ao mesmo tempo? Enquanto você toma banho, já ganha tempo escovando os dentes! Ir com aquela camisa azul ou com a branca? Escolhas, escolhas e mais escolhas! 

Toda escolha gera angústia e até mesmo certa dúvida! Agora, pense escolher alguém para entregar seu coração e sua alma... Difícil, não? 
Aqui, abro um parênteses: ficar não é um primeiro passo para quem quer um amor maior. Ficar não é a antessala do namoro. Ficar é para quem se contenta em levar uma vida sem compromissos, experimentando e sendo experimentado. Desculpe-me se peguei pesado, mas cabe a mim e a você escolher o estilo de vida que queremos ter!

Cristão não fica, mas namora! Sobre isso, falei no livro 'Nasci pra dar certo!'. Se quiser saber o quanto ficar nos descaracteriza, leia-o. Mas se você está a fim de encarar uma vida autêntica, aventure-se no amor, o qual tem um tempo maravilhoso de descobertas! Fecho parênteses. Continuemos nossa busca pelo “Amor Maior”. 

Escolher alguém para entregar nosso coração soa até romântico, não? Mas se levarmos em conta que, segundo a Palavra de Deus, o “coração” é a sede dos sentimentos, podemos dizer que namorar é escolher alguém para entregar nossos sentimentos, aquilo que somos e temos de melhor. Essa não é uma tarefa fácil, principalmente em um tempo no qual o "descartável" está em alta, e, infelizmente, as pessoas não só consomem coisas descartáveis como querem pessoas descartáveis. Usar e depois jogar fora! Não deve ser assim para quem quer ter uma vida de valer a pena. Precisamos escolher a quem entregar o presente de nosso coração, nossos segredos, nossos sonhos! 

Não é um peso, mas uma decisão. Por isso, a amizade é um primeiro passo para quem quer uma (um) namorada (o) de valer a pena. Ter a coragem de, antes de entregar seus carinhos, abraços e beijos, entregar um pouco sua história. Será ela (e) capaz de receber você com aquilo que, de mais lindo, você traz em si? Também será capaz de receber o seu “pior” e, mesmo assim, ter a disposição de construir com você algo de bom? 

A amizade nos pontualiza frente àquela (e) que apareceu em nosso caminho. Neste momento, somos provocados a responder algumas perguntas: "É com essa pessoa que estou disposto a caminhar, lado a lado, na estrada de uma vida feliz? Será que meu coração bate na sintonia do coração dela? Será que tenho disposição de ir além do sentimento e decidir-me a amá-la com seus limites e imperfeições? 

Sei que parece meio estranho a palavra “escolha”, e você deve não concordar comigo, pois eu não mando no coração. Ele gosta de quem quiser e na hora que quiser! E ainda você deve dizer: “É algo que vem de dentro e não tenho muito controle sobre isso!”. 

Concordo que vem de dentro, mas descordo do fato de que não se tem controle sobre ele, pois a grande beleza está em você se controlar, pois isso nos difere dos animais. Devemos agir além de nossos sentimentos e instintos. A beleza mais profunda está em nossa liberdade de assumir a vida e com ela também o coração. Sempre você poderá escolher. Assim, o caminho de amizade será bem oportuno para você se decidir, com sentimento e razão, se vale a pena entrar em determinado relacionamento ou não. 

Se eu disse que para começar um namoro deve se partir de um coração amigo, quero enfatizar que, nesta hora, você precisa também ser inteligente o bastante para ir se percebendo, dando e colhendo sinais de que o amor, ali presente, vai além de uma mera amizade. 

Sei que nem preciso falar, pois, quando estamos apaixonados, tudo muda, não é? A cor do nosso rosto, o brilho dos nossos olhos, nosso corpo vai reagindo também. No momento certo, não tenha medo de dar o passo. Lógico que nós homens temos, por excelência, essa missão e precisamos assumir nosso papel. Mulheres, não tenham medo de serem encontradas! Um coração ancorado em Deus sabe o momento certo. 

Não curto muito a ideia de as pessoas deixarem a parte humana, ou seja, a nossa, para Deus executar. Tais como fazer novena para este santo ou aquele em troca de “favores” para conseguir um namoro ou fazer da oração um momento de colocar Deus na parede para que mostre se é ou não aquela a pessoa certa. 

Um coração ancorado em Deus sabe ler, nos acontecimentos e na oração, o momento e a hora, mas isso não tira a parte que nos cabe! Afinal de contas, quem vai namorar somos nós. 

O Pequeno Príncipe nos ensina muito quando diz: “O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração!” Esteja atento àquilo que você não consegue ver, pois, geralmente, é isso que permanece. O que vemos, como a beleza ou os bens que o outro tem, podem passar, mas aquilo que se tem dentro só tende a melhorar! 

E aí, é namoro ou amizade? 

(Extraído do livro "Quero um Amor Maior") 

Liturgia Diária


Mt 5. 20-26

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus

- Naquele tempo,20Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior
que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. 21Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal.22Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo
da geena. 23Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 25Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.26Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo.
- Palavra da salvação.



Reflexão
Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.

santo Antônio de pádua e lisboa


santo Antônio de pádua e lisboa
Antônio de Pádua ou – como também é conhecido – de Lisboa, referindo-se à sua cidade natal. Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não somente em Pádua, onde se erigiu uma esplêndida basílica que recolhe seus restos mortais, mas no mundo inteiro. São queridas dos fiéis as imagens e estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus nos braços, lembrando uma aparição milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.
Antônio contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com seus fortes traços de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico.
Ele nasceu em Lisboa de uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiro no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de ensino e na pregação.
Em Coimbra, aconteceu um fato que marcou uma mudança decisiva em sua vida: em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos que haviam se dirigido a Marrocos, onde encontraram o martírio. Este acontecimento fez nascer no jovem Fernando o desejo de imitá-los e de avançar no caminho da perfeição cristã: então ele pediu para deixar os cônegos agostinianos e converter-se em frade menor. Sua petição foi acolhida e, tomando o nome de Antônio, também ele partiu para Marrocos, mas a Providência divina dispôs outra coisa.
Por causa de uma doença, ele se viu obrigado a voltar à Itália e, em 1221, participou do famoso “Capítulo das Esteiras” em Assis, onde também encontrou São Francisco. Depois disso, viveu por algum tempo escondido totalmente em um convento perto de Forlì, no norte da Itália, onde o Senhor o chamou para outra missão. Convidado, por circunstâncias totalmente casuais, a pregar por ocasião da uma ordenação sacerdotal, Antônio mostrou estar dotado de tal ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à pregação. Ele começou assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica tão intensa e eficaz, que levou muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a voltar atrás. Esteve também entre os primeiros professores de teologia dos Frades menores, talvez inclusive o primeiro. Começou a lecionar em Bolonha, com a bênção de Francisco, o qual, reconhecendo as virtudes de Antônio, enviou-lhe uma breve carta com estas palavras: “Eu gostaria que você lecionasse teologia aos frades”. Antônio colocou as bases da teologia franciscana que, cultivada por outras insignes figuras de pensadores, teria conhecido seu zênite com São Boaventura de Bagnoregio e o beato Duns Scotus.
Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Concluído o mandato de provincial, retirou-se perto de Pádua, onde já havia estado outras vezes. Depois de apenas um ano, morreu nas portas da Cidade, no dia 13 de junho de 1231. Pádua, que o havia acolhido com afeto e veneração em vida, prestou-lhe sempre honra e devoção. O próprio Papa Gregório IX – que, depois de tê-lo escutado pregar, definiu-o como “Arca do Testamento” – canonizou-o em 1232, também a partir dos milagres ocorridos por sua intercessão.
No último período da sua vida, Antônio escreveu dois ciclos de “Sermões”, intitulados, respectivamente, “Sermões dominicais” e “Sermões sobre os santos”, destinados aos pregadores e professores de estudos teológicos da ordem franciscana. Neles, comentou os textos da Sagrada Escritura apresentados pela liturgia, utilizando a interpretação patrístico-medieval dos quatro sentidos: o literal ou histórico, o alegórico ou cristológico, o tropológico ou moral e o anagógico, que orienta à vida eterna. Trata-se de textos teológicos-homiléticos, que recolhem a pregação viva, na qual Antônio propõe um verdadeiro e próprio itinerário de vida cristã. É tanta a riqueza de ensinamentos espirituais contida nos “Sermões”, que o venerável Papa Pio XII, em 1946, proclamou Antônio como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de “Doutor Evangélico”, porque destes escritos surge a frescura e beleza do Evangelho; ainda hoje podemos lê-los com grande proveito espiritual.
Nos “Sermões”, ele fala da oração como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar docemente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que envolve suavemente a alma em oração. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Segundo o ensinamento deste insigne Doutor franciscano, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim de Antônio, definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. Poderíamos traduzi-las assim: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar afetuosamente com Ele, apresentar-lhe as próprias necessidades, louvá-lo e agradecer-lhe.
Neste ensinamento de Santo Antônio sobre a oração, conhecemos um dos traços específicos da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, isto é, o papel designado ao amor divino, que entra na esfera dos afetos, da vontade, do coração, e que é também a fonte de onde brota um conhecimento espiritual que ultrapassa todo conhecimento. Antônio escreve: “A caridade é a alma da fé, é o que a torna viva; sem o amor, a fé morre” (Sermões Dominicais e Festivos II).
Só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual: este foi o objeto privilegiado da pregação de Santo Antônio. Ele conhecia bem os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado; por isso, exortava continuamente a combater a inclinação à cobiça, ao orgulho, à impureza e a praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza.
No começo do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por este motivo, Antônio convidou os fiéis muitas vezes a pensar na verdadeira riqueza, a do coração, que, tornando-os bons e misericordiosos, leva-os a acumular tesouros para o céu. “Ó ricos – exorta – tornai-vos amigos (…); os pobres, acolhei-os em vossas casas: serão depois eles que os acolherão nos eternos tabernáculos, onde está a beleza da paz, a confiança da segurança e a opulenta quietude da saciedade eterna” (Ibid.).
Antônio, na escola de Francisco, sempre coloca Cristo no centro da vida e do pensamento, da ação e da pregação. Este é outro traço típico da teologia franciscana: o cristocentrismo. Alegremente, ela contempla e convida a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor, particularmente o do Natal, que suscitam sentimentos de amor e gratidão pela bondade divina.
Também a visão do Crucificado lhe inspira pensamentos de reconhecimento a Deus e de estima pela dignidade da pessoa humana, de forma que todos, crentes e não crentes, possam encontrar um significado que enriquece a vida. Antônio escreve: “Cristo, que é a tua vida, está pregado diante de ti, porque tu vês a cruz como em um espelho. Nela poderás conhecer quão mortais foram tuas feridas, que nenhum remédio teria podido curar, a não ser o sangue do Filho de Deus. Se olhas bem, poderás perceber quão grandes são tua dignidade e teu valor (…). Em nenhum outro lugar o homem pode perceber melhor o quanto vale, a não ser no espelho da cruz” (Sermões Dominicais e Festivos III).
Que Antônio de Pádua, tão venerado pelos fiéis, interceda pela Igreja inteira, sobretudo por aqueles que se dedicam à pregação. Que estes, inspirando-se em seu exemplo, procurem unir a doutrina sã e sólida, a piedade sincera e fervorosa e a incisividade da comunicação.
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A comunicação na Igreja tem a função de comunhão


A comunicação na Igreja tem a função de comunhão
Afirma Dom Cell
Frutos de Maria
Usar os meios de comunicação para construir pontes de paz pode ser um tema decisivo em áreas como o Oriente Médio. Com essa intenção teve início nesta segunda-feira, 10, em Amã, na Jordânia, o encontro para bispos, sacerdotes e leigos sobre o tema "Os meios de comunicação árabes cristãos a serviço da justiça, da paz e dos direitos humanos". 

O Congresso conta com a participação do Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, e do Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli. 

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Celli disse acreditar que a comunicação na Igreja não tem apenas a função de transmitir notícias ou criar laços, mas uma dimensão ainda mais profunda que é a de comunhão. 

"Na Igreja, a comunicação tem uma função de comunhão eclesial. Eu diria que a exigência de ter de anunciar Jesus no mundo de hoje nos ajuda a superar as diferenças que possamos ter ligadas aos respectivos ritos ou tradições eclesiais", destacou. 

Dom Celli disse ainda que o problema é perceber como "juntos somos capazes de estabelecer um diálogo respeitoso" com os homens e mulheres de hoje, cristãos ou não-cristãos, como é o caso do Oriente Médio. 

"A Igreja sente a necessidade de ser realmente ela mesma e ao mesmo tempo assumir uma dimensão de anúncio e proposta, como dizia Bento XVI: 'um diálogo respeitoso com a verdade dos outros e também com as dimensões religiosas dos outros'. Acredito que no caminho que estamos fazendo no mundo de hoje, deve existir uma grande consciência do que somos. Sabemos que pertencemos a Jesus Cristo e somos um com Ele, mas ao mesmo tempo é em Jesus Cristo que devemos estar abertos a tudo".

Dom Celli recordou que, há alguns dias, o Papa Francisco respondeu algumas perguntas aos representantes de novos movimentos e comunidades presentes no Vaticano, na véspera de Pentecostes e, na ocasião, o Santo Padre falou de "uma cultura de amizade, de uma cultura do encontro". 

"Isso significa não uma Igreja fechada em si mesma, mas uma Igreja que se abre. Uma Igreja que sabe dialogar com o mundo", ressaltou. 

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Nova data da romaria da juventude

Nova data da romaria da juventude

Namorar é pensar no amanhã


Namorar é pensar no amanhã
O que você espera de um namoro?
Frutos de Maria
O Dia dos Namorados movimenta muito dinheiro, desde cartões com mensagens românticas até joias valiosas; é um dos dias mais lucrativos do ano. Em resumo, há um incentivo para troca de presentes entre os apaixonados. 

Mas o Dia dos Namorados também é um bom momento para se pensar no amanhã. Pai e mãe nós não escolhemos, filhos também não, mas o companheiro(a) de viagem, que seguirá lado a lado conosco, durante a vida, é no tempo do namoro que o escolhemos. 

Escolher a pessoa certa, o futuro esposo ou esposa que vai fazer essa viagem de amor ao seu lado, é de grande responsabilidade, pois se trata de escolher a única pessoa que vai trilhar e construir, junto com você, um caminho de felicidade em meio às dificuldades, e sem fazer troca (não serviu ou não deu certo, não devolva o produto). 

A pessoa escolhida não é um produto que se compra ou troca. Os cônjuges precisam ser conquistados e reconquistados todos os dias e em todas as várias fases do relacionamento, é necessário aprender esperar o processo do outro. 

O que você espera de um namoro? Construir uma vida juntos significa respeitar a individualidade de cada um e também estar atento para perceber se essa individualidade não está prejudicando o relacionamento. O risco nessa construção é o pensar só em si, “o prazer individual” em todas as áreas: sexual, profissional, espiritual, com as amizades... 

Os dois caminhando unidos, de mente e coração, mesmo pensando de formas diferentes, mas querendo chegar juntos a um ideal, felizes com que for alcançado, exige um relacionamento equilibrado, com harmonia nas decisões. 

No tempo do namoro, os dois não podem perder o propósito do ficar juntos; nem sempre serão só abraços e beijos. O lindo do relacionamento é quando os dois continuam se abraçando e se beijando mesmo diante de uma situação difícil. É quando um olha para o outro e diz: “Nada pode nos separar, porque o beijo que demos lá no altar sempre irá nos sustentar!”. 

Namorar é bom, faz bem e não pode cair no esquecimento durante casamento. Por isso, aproveite esta data para reafirmar o amor que você tem pelo seu companheiro.

Feliz Dia dos Namorados! 

Cleto Coelho
Membro da Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova

Liturgia Diária


Mt 5, 17-19

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus

- Naquele tempo,17Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. 18Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. 19Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus.
- Palavra da salvação.



Reflexão
O verdadeiro cumprimento da Lei não significa apenas a obediência a ela. Significa descobrir os valores que são inerentes a ela, as motivações que estão por trás dela e as conseqüências da sua observância para a felicidade pessoal, para a construção de um mundo melhor para todos e principalmente para que possamos descobrir o bem maior para as nossas vidas, que é o projeto de Deus para a humanidade, e assumir como próprio de cada um de nós este projeto que nos é proposto pelo próprio Deus. Jesus nos mostra que Deus não quer de nós a infantilidade da obediência cega, mas a maturidade da co-responsabilidade no projeto do Reino.

Acolhimento e Evangelização


Acolhimento e Evangelização
Faltam pouco mais de 40 dias para JMJ!
Frutos de Maria
Um dos sinais muito bonitos que a Jornada Mundial da Juventude traz é o acolhimento. Tenho falado a todos que nós acolheremos irmãos e irmãs nossos para viverem uma vida de família durante uma semana aqui no Rio de Janeiro. Tenho também falado aos que estão chegando que podem vir para viver conosco, pois aqui encontrarão irmãos e irmãs que querem conviver na mesma fé e com uma hospitalidade própria do povo brasileiro. 

Ter a honra de hospedar Cristo por meio do irmão que chega é um grande privilégio. Também será uma bela experiência para nós na abertura para o outro. Será um importante sinal para o mundo: em tempos de xenofobia, fechamentos, desconfianças, medo do outro, um belo sinal de acolhimento ajudará esse mundo a pensar diferente. Para isso, estes aspectos precisam ser bem difundidos. 

A alegria de acolhermos irmãos e irmãs cristãs de outras denominações, membros de outras religiões e proporcionarmos também um encontro entre as religiões monoteístas – judeus, muçulmanos e cristãos – deve contagiar a todos que desses eventos tomarem conhecimento. Temos a certeza de que esses sinais não ficarão sem resposta. Porém, é claro, sabemos que isso vai depender muito do coração de cada um que toma conhecimento do assunto, e de como abre seu coração. Nesse sentido, pedimos a Deus para que esses sinais sejam aceitos pelos corações das pessoas e esse mundo lucre com o evento da JMJ. Para isso, pedimos orações de todos. 

A hospitalidade é um gesto de caridade cristã (Rm 12, 13; 1 Tm 3, 2; Tt 1, 8; 1 Pd 4, 9; 3 Jo 5-8). O Ministério da Acolhida encontra seu fundamento em Mt 25, 35ss e Rm 12, 13, quando se convida a hospedar nossos irmãos e irmãs em nossas próprias vidas. 

São muito ilustrativos certos encontros de comunidades, nos quais os pobres hospedam os participantes vindos de lugares distantes. As pessoas são hospedadas em casas de famílias das comunidades, mas estamos vendo que, por todos os lados dessa grande cidade, as casas foram abertas para acolher o “outro” irmão que vem de longe. As escolas, salões, quadras também serão espaços de acolhida e as paróquias darão o testemunho de ser a família grande que acolhe os irmãos na fé. 

São Francisco de Assis recomenda, com muita insistência a hospitalidade, afirmando que ela é uma “graça do Senhor”. Também os que estiverem passando pelas ruas ou utilizando algum meio de transporte público poderão exercer o acolhimento com um belo cumprimento e com orientação para as pessoas que estarão com a camiseta da JMJ e levando suas mochilas às costas. Eles ficarão marcados também pelo gesto carioca-fluminense-brasileiro! 

O salmo 23 (22) tem essa característica e exprime a experiência pessoal de segurança e acolhimento na relação com Deus. A imagem do Pastor solícito pelo sustento e pela proteção do rebanho e a do anfitrião generoso no acolhimento do hóspede encontram sua explicação no relacionamento de Deus com os seres humanos, e tem sua realização na liturgia, que celebra a solicitude do Bom Pastor para com os fiéis e a participação do Banquete Sagrado. 

Não há como querer ser cristão de braços cruzados e inativos. Há necessidade de se agir de forma a não desprezar ninguém. Exemplo dessa atitude é o encontro de Jesus com Zaqueu (Lc 19, 1-10). A acolhida que Zaqueu proporciona a Jesus não é apenas formal: envolve toda a sua pessoa. Converter-se não significa só chegar a uma confissão oral dos primeiros erros, mas requer uma retratação efetiva dos mesmos. Zaqueu faz a sua confissão a Jesus, que agora se torna o seu “Senhor” no lugar de todos os “senhores” aos quais tinha servido. 

Acolher, encontrar o outro, fará também de nós uma comunidade ainda mais acolhedora daqueles que estão ao nosso redor ou que nos procuram em nossas comunidades paroquiais. Sem dúvida que esse momento, que ora vivemos, nos enriquecerá e fará uma diferença muito grande em nossas casas e igrejas. Marcará nossas vidas para sempre. Importante é passar aos outras essas nossas experiências. Eis que uma bela e importante missão de acolher se transforma também em evangelização para aqueles que acolhem. Que esses trabalhos de organização que os jovens protagonizam continuem dando seus frutos sempre em nossa arquidiocese. 

Ao acolher em nossa casa, somos convidados a acolher também nas ruas, nos ônibus, trens, metrôs e nas barcas. Pode ser um novo estilo de viver se soubermos aproveitar desse momento. Que o Senhor nos inspire tantas e belas ações e gestos de acolhida! 

Eis que chegam os dias em que poderemos exercer bem essa missão e esses gestos. Faltam pouco mais de 40 dias para JMJ! 

Dom Orani João Tempesta, O. Cist. 
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) 

Fonte: 
Canção Nova

Santo Onofre


Santo Onofre
Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la.
Pafúncio perambulou no deserto durante 21 dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pelos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.
Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.
No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.
O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.
Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.
Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.
Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.
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Cristãos de hoje


Cristãos de hoje
Que marcas deixaremos na história?
Frutos de Maria
É fato: os primeiros cristãos marcaram a história da humanidade. Em Pentecostes, inaugurou-se uma nova forma de se viver, surpreendente para os padrões da época. Com que palavras bonitas foram descritos aqueles homens e mulheres da primeira hora do cristianismo: 

“Eles estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm suacidadania no céu; [...] amam a todos e são perseguidos por todos; [...] são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida”(carta a Diogneto, n. 5). [1] 

Sim, nas origens, aqueles que eram “autenticamente” cristãos davam esse tipo de testemunho, tanto que muitos estudiosos, que se dedicam a analisar a vida das primeiras comunidades cristãs, atestam que a mensagem evangélica, a fraternidade vivida nos grupos e o testemunho de santidade, indo até o martírio, levaram muitos a aderirem à nova religião. Era uma novidade de vida que cativava! [2] 

Na sequência desse texto, o autor diz: “Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo”. Os cristãos davam vida ao mundo!

E com quem aprenderam a ser assim? Com o Senhor Jesus, claro! Sim, os cristãos, verdadeiramente fiéis, estavam configurados a Jesus Cristo. Os da primeira geração tiveram a oportunidade de aprender pela convivência com o Mestre. Ouviram os ensinamentos dos lábios do Senhor. Viram como Ele agia. Já os cristãos das gerações seguintes tinham por base a Doutrina propagada pelos apóstolos.

E o que o Senhor ensinou? Instruções realmente desafiadoras a todos que se propõem a segui-Lo verdadeiramente. Vejamos alguns exemplos do que os evangelistas relatam e comparemos com o texto acima. Ele disse: 

“Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica. Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames. Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também. Se amardes aos que vos amam que mérito há nisso? Pois também os pecadores amam aos que os amam. [...] Amai, porém a vossos inimigos, fazei bem e emprestai, sem esperar nada em troca; e grande será a vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6,26-36).

Na sequência, Jesus diz: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”. Ele associa essa grande lista de ações ao próprio agir de Deus, que “faz surgir o seu sol sobre os maus e sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os ímpios” (Mateus 5, 45-48). Nessa passagem de Mateus, Jesus diz com clareza que devemos ser perfeitos, como perfeito é o nosso Pai Celestial. 

O Senhor está nos dizendo que devemos ser imitadores da natureza de Deus que é misericordiosa, que é perfeita. O cristianismo trouxe isso ao mundo. Em Jesus conhecemos quem é Deus de um modo que até então não se ouvira falar, e o que Ele quer de nós, seus filhos. Temos parâmetros para vivermos uma vida segundo o coração de Deus. Dos seguidores de Jesus, o que se espera é que busquem viver conforme a vida de Deus. Nada menos do que isso! 

A lei do homem novo 

“Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”, eis o novo e revolucionário mandamento trazido por Jesus Cristo. 

Jesus, o Filho, não apenas foi testemunha do amor de Deus para com os homens. Ele disse qual deveria ser a meta de nossas vidas. São Paulo também nos exorta nesse sentido, ao nos ensinar que devemos ter os mesmos sentimentos que estavam em Jesus Cristo (cf. Fl 2,5). 

Aos efésios também fez semelhante recomendação: “Sejais, pois, imitadores de Deus, como filhos queridos, e vivei no amor, como também Cristo vos amou e por nós sacrificou-se a sim mesmo a Deus” (Ef 5,1). 

“É um convite a caminhar no mesmo mundo que Cristo amou, com caridade, com a mesma disponibilidade de Jesus para doar-se a si mesmo, oferecendo-se em sacrifício a Deus”.[3] 

É o amor que não se limita a discursos, belas palavras: “[...] esta imitação de Deus, esta identificação com Cristo, com o consequente amor recíproco, não são sentimentos cultivados no recesso do coração, mas em ação concreta”.[4] 

E este amor profundo pelas almas “estimula o sentido do mútuo perdão, a solicitude pelos pobres, a efetiva caridade diante de qualquer necessidade”, ou seja, de todos aqueles que de nós precisarem por qualquer razão que seja. [5] 

Não há espaço para que reproduzamos aqui tudo o que o Novo Testamento nos ensina a esse respeito. Mas qualquer um que leia com abertura de coração o que os apóstolos deixaram registrado a respeito dos ensinamentos do Senhor terá de admitir que de nós é exigido muito. A nossa própria salvação está vinculada à obediência à Palavra de Jesus. Será com base Nela que seremos julgados. Teremos amado o suficiente? Agido como verdadeiros imitadores de Deus, de modo que ouçamos as maravilhosas palavras de Jesus: “Vinde benditos do meu Pai”? Para qual lado seremos mandados? Para a direita ou para a esquerda? (cf. Mt 25,31-40). Eis algo muito sério! 

É desafiador viver como Ele ensinou? Claro que sim! Podemos até dizer que é bastante difícil. Mas quando Jesus prometeu que seria fácil? Ele mesmo disse que a porta que nos conduz ao Céu é estreita. Aliás, Ele também disse que para o homem é impossível salvar a si mesmo. Mas a Deus não! É por isso que não podemos desanimar. Não estamos sozinhos. É o Santo Espírito que nos dá condições ao seguimento de Jesus. O mesmo Espírito que esteve sobre Pedro, Paulo, João, Tiago... Que fez destes homens testemunhas, que os impulsionou. É o mesmo Espírito que recebemos em nosso Batismo e que experimentamos de forma inesquecível por meio do Batismo no Espírito Santo. 

Agora é a nossa vez: viver com Ele viveu! 

Diante de tudo isso que temos refletido, desde o texto anterior do Rogério Soares, nesta edição, podemos parar e pensar um pouco sobre a nossa vida. 

Já vimos que há muitos registros históricos sobre os primeiros cristãos que revelam que eles eram seguidores de Jesus verdadeiramente. Mas o fato é que Pedro, João, Tiago - e tantos outros anônimos - estão na glória, e que hoje é a nós que cabe a tarefa que um dia, no passado, foi deles: difundir os ensinamentos de Jesus.

Mas... E se alguém observar e retratar o nosso estilo de vida, como irá nos descrever? Que imagem passamos aos que nos conhecem, convivem conosco? 

Como nós, cristãos deste começo do terceiro milênio, seremos retratados na história? Que marcas deixaremos? Estamos sendo a alma do mundo? 

Aquela voz que ecoou nas montanhas e planícies da Palestina há dois mil anos continua a falar ao coração de seus seguidores? Pauta seus comportamentos? Nossos pensamentos, sentimentos, ações são parecidos com os de Jesus Cristo? 

Em quem nos espelhamos? Qual o papel dos Evangelhos em nossa vida? Eles guiam nosso agir? O que Jesus ensinou, nós buscamos fazer? Temos nos esforçado para isso? 

É necessário que façamos essa autoavaliação com total realismo, porque temos o compromisso de dar testemunho de vida. Assim como foi no passado, esse é um dos eficazes meios de evangelização (EvangelliNuntiandi, n. 41). Pregar, mas não viver conforme o que se fala é ser falso profeta, nos ensina a Didaqué.[6] 

Só seremos “rosto e memória de Pentecostes” se mostrarmos ao mundo a face do cristianismo autêntico. Somente se vivermos conforme os ensinamentos de Jesus, poderemos reimplantar uma cultura que já esteve fortemente presente na humanidade: a “Cultura de Pentecostes”. 

De acordo com autor da Carta a Diogneto, os cristãos daquela época era típicos cidadãos desta terra, porém viviam com a plena consciência de pertencerem ao céu. Entendiam-se como peregrinos. Tinham a fé alicerçada na certeza da ressurreição. 

E nós? Temos vivido bem nossa vida aqui, porém conscientes de que estamos em peregrinação? Que nosso destino é a Jerusalém Celeste? Temos levado as pessoas a desejarem o céu? A sonhar com a ressurreição? A almejar ver o Senhor face a face? Sobre isso há muito que se pensar. Assunto para a próxima edição. Até lá! 

Lúcia Volcan Zolin